Conforme cresce o nível de ociosidade das fábricas de veículos, que no momento utilizam em média apenas 45% de sua capacidade, também começa a aumentar o movimento de demissões na indústria. Em agosto houve nova redução de 700 vagas no nível de emprego do setor, que em um mês caiu de 122,5 mil para 121,9 mil postos de trabalho. Segundo dados da associação dos fabricantes, a Anfavea, desde fevereiro 4,1 mil vagas foram fechadas após o impacto da pandemia de coronavírus no País. A tendência, prevê a entidade, é de continuação e intensificação das demissões nos próximos meses.
“Até agora esses desligamentos foram principalmente de empregados temporários e PDVs (programas de demissões voluntárias”, explica o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes. Segundo ele, a maior parte dos empregos no nas montadoras foi preservada pelos instrumentos de flexibilização da Medida Provisória 936 editada em abril e transformada na Lei 14.020 em julho, que prevê afastamentos temporários (layoff) e redução de jornada e salários com parte dos vencimentos bancados por fundos do governo.
“Essas medidas todas ajudaram a preservar empregos, mas não resolvem o problema da ociosidade das fábricas, isso só será resolvido com o retorno das vendas e da produção. Como o cenário futuro é de queda substancial dos volumes e retomada lenta, será inevitável a redução dos quadros”, afirma Moraes.
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PEDRO KUTNEY, AB