O mercado interno de caminhões mantém sinais de aquecimento. A média diária de emplacamentos em fevereiro foi de 356 unidades, a melhor para o mês desde 2014, como recorda a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
“A média diária de caminhões emplacados em fevereiro foi 7,6% maior que a de janeiro deste ano e 3,5% mais alta que a de fevereiro do ano passado”, afirma o vice-presidente da Anfavea, Marco Antônio Saltini.
Segundo a Anfavea, nos primeiros três dias úteis de março essa média saltou para 576 caminhões. “Devemos retornar ao nível de 8 mil a 8,5 mil caminhões por mês que vínhamos registrando no fim de 2019”, diz o executivo. No primeiro bimestre foram emplacadas 13,7 mil unidades. O total é apenas 1,2% menor que o de iguais meses de 2019.
PRODUÇÃO PODE SER AFETADA PELO CORONAVÍRUS
Saltini acredita que a demanda interna puxará a produção de caminhões já em março, mas admite a possibilidade de problemas pontuais por causa do coronavírus também no segmento de caminhões.
“Podem faltar componentes eletrônicos e outros itens vindos não só da China. Alguns fornecedores locais também dependem de peças importadas para completar seus conjuntos”, recorda o executivo. O problema pode ocorrer já em março ou abril.
Segundo a Anfavea, a maior parte das situações é contornável com estoques, diversificação de fornecedores e em alguns casos com a redução do ritmo das linhas de montagem.
Em janeiro e fevereiro foram produzidos 16,3 mil caminhões, volume 0,9% menor que o de iguais meses de 2019. As exportações somaram 1,8 mil unidades, resultando em alta de 35% pela comparação interanual. A maioria dos embarques era de modelos pesados.
PRODUÇÃO E VENDA DE ÔNIBUS RECUAM NO BIMESTRE
Nestes dois meses de 2020 as montadoras instaladas no País produziram 4 mil chassis de ônibus, volume 10,4% mais baixo que o de iguais meses do ano passado. A queda acompanhou o ritmo do mercado interno no período, com 2,8 mil unidades e retração de 10,1%.
Os números foram impactados pela menor quantidade de dias úteis de fevereiro. “Até o fim do primeiro semestre esperamos uma pequena alta nas vendas por causa de renovações de frotas urbanas”, estima Saltini.
Sobre a queda de 33,7% das exportações no bimestre (702 unidades), Saltini recorda que o período é curto e o volume, pequeno. “O atraso num embarque ou a entrega de um lote podem distorcer a realidade”, diz. Até o fim do ano a Anfavea projeta queda de 22% na exportação de veículos pesados.
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