A Nissan está investindo no aumento do uso de aço ultrarresistente na construção de seus carros, como forma de reduzir peso e, consequentemente, emissões. E no caso, sem elevar demais os custos de produção, porque o tipo de metal utilizado, embora tenha alta resistência à tração, pode ser estampado (prensado) a frio.
A fabricante japonesa de veículos é a primeira no mundo a usar o chamado “aço de alta formabilidade”, com resistência à tração de 980 megapascals, mas que não perde a capacidade de se deformar para absorver a energia de colisões e proteger os ocupantes. O material foi desenvolvido em conjunto pela Nissan, Nippon Steel e Sumitomo Metal. A produção do metal ultrarresistente é resultado da combinação de estampagem e força de prensagem, que possibilita a formação de peças com formas complexas mais finas e leves do que as feitas de aço convencional de alta resistência.
A Nissan já aplica o novo insumo da produção do utilitário esportivo QX50, de sua marca de luxo Infiniti. O modelo começou a ser vendido nos Estados Unidos em março passado e tem 27% de sua carroceria emoldurada com o novo aço ultrarresistente, aplicado em partes da dianteira e traseira.
O SUV é o primeiro veículo do mundo a usar partes de aço resistentes à tração de 980 megapascal. Mas a Nissan informa que planeja expandir o uso do material para a média de 25% das peças de seus veículos, como forma de aumentar a eficiência energética e o desempenho pela via da redução de peso. A montadora lançou neste mês um plano de sustentabilidade que prevê a redução das emissões de CO² de seus novos veículos em 40% até 2022, comparado ao ano fiscal 2000.
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