“A partir do dia 25 (sexta-feira) todas as montadoras de veículos no Brasil estarão com suas linhas de produção paradas”, confirmou Antonio Megale, presidente da Anfavea, a associação das fabricantes instaladas no País. Depois de quatro dias sem suprimentos por causa da greve dos caminhoneiros, as fábricas ficaram sem peças para produzir.
Em nota distribuída na quinta-feira, 24, Megale destacou os efeitos negativos que a paralisação traz ao desempenho do setor: “A greve dos caminhoneiros afetará significativamente nossos resultados tanto para as vendas, quanto para a fabricação e exportação”, afirmou.
O dirigente também lembra que a situação afetará as contas públicas: “A indústria automobilística gera de impostos mais de R$ 250 milhões por dia e, por isso, esta paralisação gerará forte impacto na arrecadação do País”, sublinhou.
Segundo balanço da Anfavea, na quinta-feira pelo menos 19 fábricas de veículos já tinham paralisado a produção devido à greve das transportadoras e caminhoneiros contra o aumento dos preços do diesel, que afeta todo o País desde a segunda-feira passada.
Apesar do aceno da Petrobras, que reduziu em 10% o preço do diesel nas refinarias e prometeu congelar os reajustes pelas próximas duas semanas, os bloqueios de estradas continuaram na quinta-feira. Após sete horas de reunião em Brasília entre representantes do governo e de diversas associações e federações de transportadores e caminhoneiros, a maioria das entidades aceitou suspender a paralisação dos caminhões por 15 dias. Pelo acordo, além de zerar a Cide sobre o diesel (medida já anunciada na terça, 22), o governo se comprometeu a ressarcir a Petrobras para que a estatal estenda por um mês o desconto de 10% sobre o combustível na bomba.
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REDAÇÃO AB