
Balança comercial | 1º bimestre
Fonte: Sindipeças
Em sua apresentação durante o IX Fórum da Indústria Automobilística, realizado por Automotive Business no WTC, em São Paulo, o presidente do Sindipeças, Dan Ioschpe, contou com a participação direta do público. Sob o tema “Inovação, indústria 4.0 e competitividade, o novo papel das autopeças”, o executivo contou com uma pesquisa eletrônica em tempo real, na qual os participantes do evento votaram em diversos cenários, com o executivo comentando os resultados na sequência.
A pesquisa abordou vários tópicos, sem revelar grandes divergências entre a opinião do público e a do dirigente. Sobre a produção de veículos para este ano, por exemplo, a maioria dos presentes (51,8%) indicou acreditar que ela será inferior a 3,1 milhões de unidades, enquanto para 36,3% ficará entre 3,1 milhões e 3,2 milhões de unidades.
“Acredito que haja uma sensação geral de que podem existir obstáculos, especialmente políticos, para atingir 3,1 milhões de veículos produzidos neste ano”, explica Ioschpe. |
“Mesmo assim, creio que atingiremos essa meta”, declara. O dirigente lembrou ainda a importância das exportações: “O aumento das vendas para os mercados de outros países pode compensar uma eventual queda do mercado interno.”
A questão “Qual é o principal problema para o setor de autopeças em 2018?” chamou a atenção dos participantes. A maioria (23%) apontou “Margens reduzidas nos fornecimentos”, seguida de “Excesso de tributos na cadeia” (21%), “Falta de política industrial de longo prazo” (19%) e “Preço elevado dos insumos” (12%).
Dan Ioschpe não só concordou com o resultado da votação, que também contava com itens como “Baixa demanda/Capacidade ociosa” e “Importações elevadas de peças e sistemas” , como também afirmou que estes são obstáculos comuns a qualquer setor produtivo no País.
“Se realizarem essa pesquisa com executivos de outras áreas, acredito que as respostas serão as mesmas”, comentou. O presidente do Sindipeças afirmou ainda que é importante para o Brasil continuar modernizando-se e apontou a reforma trabalhista recentemente aprovada como exemplo.
“Agora é preciso avançar em outras áreas”, acrescenta. “Hoje, um dos grandes problemas do País está na área tributária e isso precisa ser resolvido no próximo governo”, declara. Outro tema bastante lembrado a respeito da indústria automobilística nacional é a ociosidade no setor de autopeças.
Para 62,6% dos presentes ao fórum, ela vai cair neste ano, enquanto 27,4% acreditam que permanecerá nos atuais 33%. Dan Ioschpe não se mostra surpreso com o índice atual e lembra que há pouco tempo o setor estava fornecendo para cerca de 3 milhões de veículos e se preparava para ampliar sua capacidade para 5 milhões.
REFLEXOS DO INOVAR-AUTO |
Na sequência foi abordada a questão sobre o Inovar-Auto. Para 41,1% dos participantes, o programa “trouxe vantagens para toda a cadeira automotiva”, enquanto 38,8% acreditam que ele resultou em “uma série de vantagens para as montadoras”. Em compensação, 17,3% dos presentes creem que o programa “não trouxe benefícios” e apenas 2,7% indicaram que ele “trouxe uma série de benefícios para o setor de autopeças”.
O presidente do Sindipeças viu o resultado com naturalidade, lembrando que o governo não ouviu o setor de autopeças ao elaborar o Inovar-Auto. “Mas é inegável que o programa trouxe benefícios e elevou o nível dos veículos produzidos no Brasil”, observa. O fundamental, de acordo com o executivo, é evitar os erros do passado e revigorar os avanços conseguidos.
Essa percepção do público sobre o Inovar-Auto explica a falta de otimismo com o Rota 2030 (além do atraso na sua implantação). Apenas 11,8% dos participantes indicaram acreditar que o novo programa vai avançar plenamente, enquanto para a maioria (76%) o programa avançará moderadamente. Para 12,2%, o Rota 2030 não irá para frente.
O presidente do Sindipeças, mais uma vez, não estranhou o resultado da votação, mas fez questão de lembrar que o Rota 2030 “não é uma panaceia e não visa a resolver problemas, mas sim estabelecer regras e definir uma série de caminhos que a indústria automobilística deverá seguir, em termos de emissão, tecnologia e conectividade, por exemplo. O Rota 2030 não é solução e as pessoas não devem ver o programa dessa forma”.
O clima ficou mais otimista quando se abordou a situação atual do mercado. De acordo com 57,1% dos presentes, suas empresas manterão o nível de investimentos, enquanto 30,6% indicaram que suas empresas pretendem acelerar os investimentos no País.
Para apenas 12,3% dos participantes, os investimentos serão reduzidos. Dan Ioschpe fez questão de lembrar a importância dos investimentos em educação e aprimoramento da mão de obra que o Sindipeças ajuda a promover. Sobre o nível de emprego, 35,3% dos participantes indicaram que ele não vai se alterar em suas empresas neste ano, enquanto para 33,2% haverá crescimento até 5% e 23,3% preveem crescimento superior a 5%.
No tema exportações, o público mostrou algum ceticismo. A maioria acredita que as vendas para o mercado externo vão bem, mas para 30,8% as exportações ficarão estáveis, enquanto para 23,4% elas tendem a avançar. Em compensação, 45,8% preveem que os embarques não avançarão em virtude de dificuldades locais como tecnologia, logística e custos, por exemplo.
De acordo com Dan Ioschpe, as projeções do Sindipeças indicam que haverá aumento nas vendas para o exterior, mas aumentará também a quantidade de importações. Isso reforça, novamente, a importância do Rota 2030 para a definição dos caminhos que a indústria automobilística nacional vai seguir nos próximos anos.
Tags: Sindipeças, Dan Ioschpe, inovar-Auto, Rota 2030, IX Fórum da Indústria Automobilística.
Fonte: Sindipeças
Fonte: Banco Central
Fonte: Anfir
Fonte: Fenabrave
Fonte: IHS Markit e Automotive Business
Fonte: Anfavea
Fonte: Fenabrave
Fonte: Sindipeças
20/04/2018 às 18:11
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Fonte: Sindipeças
Fonte: Banco Central
Fonte: Anfir
Fonte: Fenabrave
Fonte: IHS Markit e Automotive Business
Fonte: Anfavea
Fonte: Fenabrave
Fonte: Sindipeças