A japonesa Takata deve fechar nos próximos dias acordo com o departamento de justiça dos Estados Unidos para colocar fim ao processo criminal que enfrenta no país. A investigação está relacionada ao megarecall de airbags defeituosos produzidos pela empresa e vendidos às montadoras. Ao inflar, os componentes lançavam estilhaços no habitáculo do veículo, com risco de ferir os ocupantes. O problema está relacionado a pelo menos 16 mortes.
Pelo acordo, a companhia deve se declarar culpada das acusações e pagar multa de US$ 1 bilhão, além de US$ 125 milhões em compensação às vítimas de acidentes de carros equipados com os airbags. Outra penalidade de US$ 850 milhões deve ser destinada às montadoras que sofreram perdas financeiras por causa do problema.
Três executivos que trabalharam na Takata foram indiciados criminalmente. A suspeita é de que Shinichi Tanaka, Hideo Nakajima e Tsuneo Chikaraishi, que trabalharam por muitos anos na Takata, mas saíram da companhia em 2015, sabiam que os componentes tinham problemas de qualidade e mesmo assim venderam os airbags às montadoras. Autoridades dos Estados Unidos têm indícios de que os executivos tinham conhecimento da situação desde 2000.
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