Os metalúrgicos da Volkswagen de Taubaté aprovaram em assembleia o acordo coletivo para o ano de 2017 com extensão até 2022, garantindo estabilidade no emprego até lá. Os entendimentos entre a montadora e o sindicato local preveem abono em substituição ao reajuste salarial até agosto do ano que vem, mas com reposição da inflação para os anos seguintes.
O documento assegura também a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mas prevê a abertura de um Programa de Demissão Voluntária (PDV). As informações partiram do sindicato local dos metalúrgicos. A entidade, contudo, não informa quando será aberto o PDV, os termos do programa nem quantos funcionários a empresa pretende atingir.
Em agosto de 2015 a unidade tinha cerca de 5 mil funcionários e excedente de 500. Atualmente, segundo o sindicato, a fábrica emprega cerca de 4,5 mil trabalhadores. Estima-se que a VW espera ao menos 200 adesões ao PDV, já que todos os carros feitos na unidade tiveram quedas de venda superiores à média do mercado.
A planta é a única do País a produzir o Up! e o Voyage, cujas vendas no acumulado até novembro tiveram retração, respectivamente, de 29,2% e 43,2% ante os mesmos 11 meses de 2015.
Taubaté também monta o Gol, cujos emplacamentos regrediram 34,3%. A produção do modelo ocorre em paralelo com a fábrica de São Bernardo do Campo, que em agosto fechou acordo semelhante com o sindicato local a fim de evitar 3,6 mil demissões (veja aqui).
De acordo com o sindicato de Taubaté, as condições do documento ainda podem ser rediscutidas por causa da variação do mercado. Em nota, a montadora se mostrou satisfeita pelo entendimento: “A Volkswagen do Brasil considera que a aprovação do novo acordo coletivo pelos empregados de Taubaté representa mais um importante resultado para a unidade, garantindo o equilíbrio entre as necessidades do negócio e dos trabalhadores."
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PEDRO KUTNEY, AB