Crédito
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09/12/2016
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14h40
Consórcios: Abac espera repetir resultados em 2017
Para este ano, desempenho das vendas pode variar entre -3% e +3%
REDAÇÃO AB
A Abac, associação que reúne as administradoras de consórcios no Brasil, trabalha com dois cenários para o fechamento do ano: de leve queda ou de crescimento entre -3% e 3%. Embora ainda sem o número fechado, o presidente da entidade, Paulo Rossi, aposta em um 2017 semelhante a este ano.
“Há possibilidade de repetirmos os resultados deste ano, considerando, mais uma vez, aqueles consumidores que analisam, comparam e planejam o futuro e utilizam o consórcio como opção de crédito para suas realizações”, afirma.
Esta diferença entre crescimento e queda considerados para 2016 leva em conta a forma como o desempenho do setor de consórcios oscilou ao longo do ano frente a fatores que influenciaram diretamente na tomada de decisões por crédito. Entre elas, a entidade cita a inflação alta, que segundo a Abac, agora está em processo de redução, combinada com as restrições do próprio crédito direto ao consumidor, além das taxas de desemprego e redução da renda, que provocaram queda em praticamente todos os segmentos, impulsionada pela falta de confiança do consumidor, que está mais receoso em assumir novos compromissos financeiros de médio e longo prazos.
Contudo, a Abac aposta em um novo movimento de estabilização que, segundo a própria entidade, já está em curso no País, citando dados divulgados recentemente pelo Banco Central. “Nota-se a retomada da confiança dos consumidores com esperança de resultados positivos para a economia já no segundo trimestre do ano que vem.”
BALANÇO
As vendas de novas cotas de consórcios para a aquisição de veículos diminuíram 6,4% no acumulado de dez meses sobre igual período do ano passado, para pouco mais de 1,62 milhão de unidades, considerando leves e pesados.
No segmento leve, houve recorde de adesões em outubro, elevando o total de participantes do ano em 5,4% contra os mesmos dez meses de 2015, para 3,32 milhões de consorciados. Isto reflete o aumento das vendas de cotas no período, que subiu 6,1% no comparativo anual, para 843,3 mil unidades no acumulado até outubro. O tíquete médio para o segmento que inclui automóveis e comerciais leves teve retração de 4,1%, passando de R$ 41 mil para R$ 39,3 mil. Já as contemplações ficaram estáveis, com 431,5 mil consorciados que receberam a carta de crédito.
No segmento de pesados o número de consorciados aumentou, embora a venda de cotas tenha diminuído 3,5%, para 41,1 mil unidades. Para este grupo, que inclui interessados na compra de caminhões, ônibus, semirreboques, implementos e até tratores, o tíquete médio ficou 9,8% menor, chegando a R$ 140,4 mil sobre os R$ 155 mil de um ano antes.
Já em motocicletas, o número de participantes ativos recuou 10,9%, para 2,54 milhões, refletindo a queda de 17% das vendas de cotas, que passou de 890,6 mil nos dez meses do ano passado para 739,3 mil neste ano. Ao que parece, o preço médio das cotas, mesmo que menor neste ano, R$ 7,7 mil contra os R$ 8,5 mil de 2015, não foi suficiente para atrair mais participantes para o segmento de duas rodas.
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