Linha de montagem da Scania em São Bernardo do Campo (SP)
Mercado
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19/08/2016
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18h41
Scania vê retomada a partir de 2017
Renovação de frota pode impulsionar o setor, desde que haja crédito
MÁRIO CURCIO, AB
A Scania acredita que a retomada dos negócios é possível em 2017. “Cremos no início da renovação daquelas frotas compradas quando o mercado estava aquecido”, afirma o gerente comercial da montadora, Wagner Tillmann, referindo-se especialmente ao período de 2011, quando muitos anteciparam a troca de seus caminhões antes da chegada dos modelos com tecnologia Euro 5 de controle de emissões.
“Mas isso vai depender também das condições de crédito, tanto do Finame, como do CDC”, recorda Tillmann.
A Scania atua com modelos de caminhões semipesados e pesados, cujas vendas no acumulado de janeiro a julho tiveram queda, respectivamente, de 38,9% e 8,9% no confronto com o mesmo período do ano passado, um ano bastante ruim. As vendas de chassis para ônibus Scania cresceram 9,2%, mas sobre uma base muito pequena, de 142 unidades.
Para o gerente comercial, a retomada deve demorar mais para os semipesados porque seus compradores têm maior dependência de crédito. O executivo recorda que o mercado externo tem ajudado a Scania do Brasil a atravessar o período atual: “Nossa produção mantém nível semelhante ao do ano passado por causa das exportações.”
Segundo a Scania, esses embarques são feitos sobretudo para a América Latina (Chile e México são os dois maiores destinos), Ásia, África e Oriente Médio. “Temos facilidade de exportar para países que ainda utilizam motores Euro 3”, recorda o gerente comercial.
Nos últimos três anos o número de trabalhadores da montadora em São Bernardo do Campo (SP) diminuiu 18% e está em 3,1 mil funcionários. A empresa informa que não aderiu ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE) e que não há Programas de Demissão Voluntária (PDVs) em curso nem trabalhadores em licença.
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