As Empresas Randon registraram prejuízo de R$ 9,6 milhões no primeiro trimestre do ano, informa em comunicado divulgado ao mercado financeiro na sexta-feira, 13. Em igual período do ano passado, a companhia havia apurado lucro líquido de R$ 557 milhões (leia aqui).
Embora o resultado tenha sido um dos piores para a empresa nos últimos anos, a Randon destaca em seu relatório que com ajustes, como paradas de linhas de produção, emendas em feriados prolongados, reajustes no quadro de funcionários, tornou a empresa mais enxuta e adequada à realidade: “Os ajustes conduzidos ao longo de 2015 e nos primeiros meses deste ano começaram a mostrar resultados. Já se constata a melhora dos resultados operacionais, redução de despesas e do endividamento”, observa Geraldo Santa Catharina, diretor financeiro e de relações com investidores.
O faturamento cresceu 5,4% nos três primeiros meses do ano na comparação com igual intervalo de 2015, ao atingir R$ 734,6 milhões. Deste total, R$ 376,7 milhões foram provenientes do segmento de implementos e veículos especiais, e R$ 322,6 milhões advindos dos negócios das autopeças. Serviços financeiros participaram com R$ 35,2 milhões.
As vendas do segmento de implementos subiram 11,6% no primeiro trimestre, para 2,3 mil unidades. Em seu relatório, a Randon argumenta que a competição continua agressiva em algumas famílias de produtos e a pouca atratividade nos financiamentos de máquinas e implementos – que passaram a utilizar juros do Finame TJLP, reduziram ainda mais o fôlego do setor.
Segundo a empresa, esses fatores, aliados a economia enfraquecida, reforçam os sinais que o mercado total em 2016 deverá ser menor do que 2015. Por outro lado, um fato positivo é a manutenção do volume de vendas de implementos mensalmente, o que pode significar de que possivelmente tenha atingido o limite mínimo de demanda para o segmento. Apesar da redução de mercado no segmento de veículos e implementos, a Randon concluiu o primeiro trimestre de 2016 com número estável de pedidos de semirreboques em carteira, ainda que não seja possível afirmar esta estabilidade como tendência.
As vendas de veículos especiais caíram 54,5%, para apenas 45 unidades, enquanto a demanda de vagões ferroviários aumentou quase 80%, com um total de 726 unidades entregues nos três primeiros meses do ano.
Na área de autopeças, a Randon informa que tem aproveitado mais as oportunidades de negócios no mercado externo. O primeiro trimestre começa a refletir algumas dessas iniciativas, que devem ter um impacto mais positivo ao longo dos próximos trimestres. Já os volumes de reposição continuam em ascendência. “Para continuar neste caminho de melhora é fundamental manter os esforços em todas as frentes, em uma reinvenção constante”, diz o diretor, lembrando que o êxito de 2016 depende da continuidade das ações já em curso.
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