O número de demissões na unidade da General Motors em São José dos Campos (SP) chega a 600, segundo o sindicato dos metalúrgicos da região. Até a quinta-feira, 12, a sede recebeu cerca de 500 trabalhadores que procuraram a entidade informando o desligamento, número que aumentou ao longo das últimas 24 horas. O número não é definitivo, uma vez que mais funcionários podem procurar a entidade. Procurada, a GM não informa o número de demitidos.
As demissões foram comunicadas pela montadora por meio de telegramas no último sábado, 8. Segundo o sindicato, há relatos de empregados que foram demitidos pelo telefone. Em contrapartida, os trabalhadores iniciaram uma greve por tempo indeterminado na segunda-feira, 10, que chega ao quarto dia na quinta-feira, 13.
Em nota, o sindicato pede que a empresa abra negociação para o cancelamento dos cortes e por estabilidade dos empregos e informa que a GM condiciona negociações ao trabalho sem que as demissões sejam suspensas. O comunicado acrescenta que a empresa já entrou com pedido de dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Campinas (SP).
“Os números levantados pelo sindicato confirmam que a General Motors está realizando uma demissão em massa na planta. Isso acontece sem nenhuma tentativa de diálogo com os trabalhadores, o que é inadmissível. Por isso cobramos a abertura de negociações”, afirma o presidente do sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.
Em uma assembleia realizada na quinta-feira, os trabalhadores aprovaram a realização de uma manifestação na sexta-feira, 14, a partir das 8h em frente à montadora. Os dirigentes do sindicato também se reuniram com o prefeito de São José dos Campos, Carlinhos de Almeida, pedindo sua intervenção em defesa dos empregos na GM. O prefeito informou que se encontrará com os representantes da montadora na próxima semana.
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PEDRO KUTNEY, AB