Crédito
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09/11/2012
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14h59
Anef: inadimplência aponta tendência de retração
Entidade mantém otimismo sobre o índice mesmo após alta de setembro
REDAÇÃO AB
O índice da inadimplência nos contratos de financiamentos de veículos (atrasos a partir de 90 dias) subiu de 5,9% em agosto para 6% em setembro. Ainda assim, a Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), mantém otimismo sobre o índice nos próximos meses e aponta que deve seguir tendência de retração. Os dados de outubro ainda não foram divulgados.
Segundo o presidente Décio Carbonari, a explicação para a manutenção do otimismo refere-se ao fato do novo perfil de público que entra na carteira de financiamento de veículos, selecionado a partir das medidas cautelosas dos bancos, que ajustaram suas políticas de liberação de crédito em 2011.
“A carteira de crédito é formada por clientes incorporados até 40 meses atrás e este público mais selecionado começou a fazer parte há pouco mais de um ano. Com o passar do tempo, estes clientes com renda maior vão aumentar sua participação dentro do montante, enquanto o público anterior que possuía uma renda menor e que realizava seus financiamentos em prazos maiores (até 60 vezes) deixará de participar da carteira”.
A taxa média de juros também oscilou. O índice praticado pelos bancos das montadoras em setembro, com 1,28% ao mês contra 1,30% de agosto.
Já a soma dos saldos das carteiras de veículos, incluindo CDC e leasing, fechou setembro em R$ 203,5 bilhões, 0,5% menor que agosto e crescimento de 2,5% quando comparado com igual mês do ano passado. Este saldo correspondeu a 9,1% do total de crédito do sistema financeiro nacional e 4,7% do PIB, estimado em R$ 4,3 trilhões. O crédito utilizado para veículos respondeu por 28,9% do total destinado à pessoas físicas no Brasil em setembro.
O CDC continua como a modalidade mais utilizada para adquirir veículos: em setembro respondeu por 51% dos financiamentos contra 50% de mesmo período de 2011. Pagamentos à vista foram 39%, consórcios, 8%, e leasing, 2%. Os planos contratados no mês em questão tiveram prazo máximo de 60 meses. A média ficou em 40 meses frente média de 42 meses registrada há um ano.
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