Aftermarket | 23/07/2020
Reciclagem pode voltar à cena no pós-Covid
É preciso fazer o programa completo, com inspeção veicular e descarte
O setor automobilístico deu grandes saltos na robotização das linhas de montagem nos últimos anos, substituindo em grande parte o profissional humano em determinadas operações, aumentando assim sua produtividade e diminuindo erros e acidentes. Hoje já se fala em digitalização e movimentos ultrarrápidos via conexão 5G. Mas, o que aconteceu com o aftermarket até então?
Bem, o cenário do aftermarket é bem diferente, onde a falta de padrões em uma cadeia tão complexa ainda é uma realidade, onde os problemas de garantia ou mesmo devolução são uma constante, isso sem falar dos altos investimentos em capacitação, tudo isso acontecendo há décadas. E onde estão os indicadores de produtividade? Como medir? Quais as bases de referência?
O Brasil já teve uma breve passagem no período de 1996 a 2006 com a aplicação da certificação norte-americana ASE – Automotive Service Excellence, quando milhares de mecânicos e varejistas tiveram a oportunidade de pela primeira vez medir seus conhecimentos, de nortear capacitação mais ajustada e efetivamente aceitar um conceito que simbolizaria o mínimo aceitável, para promover inúmeras ações por parte de todo o mercado e principalmente a imagem junto a sociedade.
Vale destacar que o IQA (Instituto da Qualidade Automotiva) já disponibiliza um belíssimo e valoroso trabalho de certificação de empresas no aftermarket, mas o fator humano no mercado de reparação automotiva segue sendo vital para serviços e comércio, em todos os elos desta importante cadeia de valor, sem distinção, com necessidade premente de atestar o conhecimento dos profissionais do aftermarket como um todo. A robotização ainda não chegou até aqui.
Para o pós-crise, é necessário reascender a chama deste importante instrumento que é a “certificação de competências”, denominação adotada pela OIT (Organização Internacional do Trabalho), à qual o Brasil é signatário, para que todos os atores do aftermarket de forma colegiada possam adotar novamente esse instrumento no País. Mas isso deve ser feito com uma roupagem totalmente alinhada ao mercado nacional, utilizando ferramentas tecnológicas disponíveis, o que possibilitará atuação em 100% do território brasileiro.
A certificação de competências poderá ajudar o profissional a estabelecer o seu nível de conhecimento e necessidades de capacitação; potencializará todos os centros de treinamentos existentes; permitirá programas mais sólidos de garantia; induzirá a criação de indicadores extremamente relevantes; a imagem do aftermarket automotivo junto a sociedade poderá ser colocada em novo patamar.
Não podemos repetir o day after de crises anteriores, quando o desemprego ocorreu e utilizou-se a mesma sistemática para contratação de profissionais no reaquecimento natural dos negócios, cuja capacidade de reação neste caso é mais rápida do que a de empresas com robôs.
_________________________________________________________
Luiz Sergio Alvarenga é diretor da Alvarenga Projetos Automotivos e conselheiro do Instituto da Qualidade Automotiva (IQA)
Excelentematéria, muito providencial para este novo momento econômico e social que estamos passando. A certificação do profissional aliada a Certificação da empresa será um novo marco para o desenvolvimento técnico do setor da reparação. Parabéns ao Sérgio Alvarenga pelo tema e conteúdo que nós disponibilizou e que mostra a sua visão sempre focada na evolução do setor e antenado as necessidades reais e “factíveis” do empresário da reparação.
Beloartigo, claro e com ideias aplicáveis a diversos setores. As certificações de competências são importantes para que na retomada pós-crise haja aceleração em toda a cadeia do mercado. Cada vez mais constatamos que a transformação digital no aperfeiçoamento dos processos de trabalho das indústrias não substitui o fator humano da qualidade. É o que vemos em nossos clientes, em destaque aos institutos que prezam pela qualidade das atividades profissionais.
Aftermarket | 23/07/2020
É preciso fazer o programa completo, com inspeção veicular e descarte
Aftermarket | 29/06/2020
Será que o pós-Covid-19 eliminará o nosso atraso?
Aftermarket | 19/05/2020
Mercado de reposição e reparação continua sendo porto seguro na crise
Aftermarket | 29/04/2020
A robotização ainda não chegou até aqui
Aftermarket | 01/04/2020
Ao contrário de outras crises, desta vez o mercado de reparação também é atingido
Aftermarket | 03/03/2020
Vender peças técnicas não é como vender itens da linha branca
Aftermarket | 10/02/2020
Sistema tributário injusto e legislação falha comprometem a qualidade do mercado brasileiro de reposição e serviços automotivos
Aftermarket | 13/01/2020
Conheça os pilares de sustentação do plano estratégico desenhado para o setor
Aftermarket | 05/08/2014
Ainda há um longo caminho a percorrer antes de encontrar a solução
Fonte: Fenabrave
Fonte: IHS Markit
Fonte: Anfir
Fonte: Fenabrave
Fonte: Abeifa
Fonte: Abraciclo
Fonte: Fenabrave
Fonte: Automotive Business e IHS Markit
Fonte: Sindipeças
Fonte: Sindipeças
Fonte: B3
Fonte: Anfavea
21/01/2021 às 15:48
12/01/2021 às 20:42
25/11/2020 às 10:00
24/11/2020 às 10:00
11/11/2020 às 11:13
11/11/2020 às 11:12
11/11/2020 às 11:11
Fonte: Fenabrave
Fonte: IHS Markit
Fonte: Anfir
Fonte: Fenabrave
Fonte: Abeifa
Fonte: Abraciclo
Fonte: Fenabrave
Fonte: Automotive Business e IHS Markit
Fonte: Sindipeças
Fonte: Sindipeças
Fonte: B3
Fonte: Anfavea